domingo, 31 de outubro de 2010

Partes de uma aeronave: Auxiliary Power Unit

A Auxiliary Power Unit ou Unidade Auxiliar de Energia (APU) é um aparelho em veículos que provê energia para outras funções além da propulsão, que já é gerada por uma unidade primária. Eles são comumente encontrados en grandes aeronaves, da mesma forma que em alguns grandes veículos terrestres.

APU do Airbus A380

Funções do APU

O objetivo primário de um APU em uma aeronave é prover energia para iniciar os motores principais. Motores à turbina devem ser acelerados a uma velocidade rotacional alta para obter compressão suficiente do ar para se manter sem auxílio de outro equipamento. Outros pequenos motores a jato são usualmente iniciados com o auxílio de um motor elétrico, enquanto grandes motores utilizam normalmente um motor à turbina para auxiliar na ignição. Antes que os motores estejam a ser ligados, o APU é iniciado, normalmente por uma bateria ou acumulador hidráulico. Uma vez que o APU esteja funcionando, ele fornece fonte elétrica, pneumática ou hidráulica, dependendo do design, para dar ignição aos motores principais.

APUs também são utilizados para manter ligado outros acessórios enquanto os motores principais estão desligados. Isto permite à cabine continuar confortável enquanto os passageiros estão embarcando antes da aeronave ligar seus motores. Energia elétrica é utilizado para rodar sistemas para os cheques pré-voo. Alguns APUs também são conectados a uma bomba hidráulica, permitindo a tripulação operar equipamentos hidráulicos, como os Controles de Voo ou flaps antes de iniciar os motores. Esta função também pode ser utilizada, em algumas aeronaves, como um auxílio em voo em caso de falha de motor ou do sistema hidráulico.

Aeronaves equipadas com APUs podem também aceitar fontes externas de energia elétrica e pneumática de um equipamento de solo (GPU - Ground Power Unit) quando o APU está inoperante ou não é para ser utilizado.

APUs equipados em aeronaves ETOPS (Operações bi-motoras com alcance extendido - Extended-range Twin-engine Operations) são um equipamento crítico em favor da segurança, pois eles fornecem fontes de eletricidade e ar comprimido no lugar de um motor ou gerador em falha. Enquanto alguns APUs não podem ser ligados em voo, as aeronaves operadoras em ETOPS, devem ter os APUs que possam ser ligados em voo até o teto de serviço da aeronave. APUs recentes podem ser ligados em uma altitude de até 43.000 ft. (≈ 13.000 m), como o Hamilton Sundstrand APS5000 para o Boeing 787 Dreamliner. Se o APU ou o gerador elétrico não estiverem disponíveis, a aeronave não podem ser liberadas para voos ETOPS e é forçado a realizar uma etapa mais longa que seja não-ETOPS.

APIC APS3200 APU para o Airbus 318/319/320/321

História

O Boeing 727 em 1963 foi o primeiro transportador a jato a possuir um APU com turbina à gás, permitindo à aeronave operar em aeródromos menores, independente de facilidades de solo. O APU pode ser identificado em muitas aeronaves modernas por um tubo de escapamento na cauda da mesma.

Seções do APU

Um APU típico para aeronaves de transporte comercial possui três seções principais:

  • Seção de Energia
  • Seção do Compressor e
  • Seção de Caixa de velocidades

terça-feira, 26 de outubro de 2010

TAM Vai Fazer o Primeiro Vôo na América Latina Usando Biocombustíveis a Base de Pinhão-Manso

Quem sente culpa por ajudar a esquentar o planeta ao viajar de avião vai gostar desta. A TAM acaba de anunciar que, no segundo semestre, pretende testar o bioquerosene. A iniciativa não é necessariamente novidade. Em fevereiro de 2008, o empresário Richard Branson, dono do grupo Virgin, atraiu os holofotes da mídia internacional ao promover o primeiro vôo comercial com o uso de ecocombustível à base de óleos vegetais. Um Boeing 747 de sua companhia cruzou os ares de Londres a Amsterdã, sem passageiros a bordo, com um dos quatro motores utilizando combustível feito de babaçu e coco da Amazônia.

Agora, a TAM é a primeira companhia brasileira a voltar os olhos para a questão – e deve ganhar algum crédito por isso. Até o fim deste ano, a empresa pretende realizar um vôo de demonstração com bioquerosene produzido a partir do pinhão manso, uma biomassa vegetal de segunda geração (o que quer dizer que não compete com a produção de alimentos). Se vingar, será o primeiro da América Latina com combustível renovável. Os testes vão ser feitos com um Airbus A320, também em um vôo sem passageiros. A TAM investiu US$ 150 mil no projeto e a Airbus, US$ 70 mil.

Não é de hoje que as empresas de aviação tentam mostrar ao mundo que é possível, sim, levar para o céu o que já é apontado em terra como uma das soluções para a alta do preço do barril de petróleo e para os impactos ambientais provocados pelos combustíveis fósseis. Fabricantes de aviões e motores e entidades da indústria aeronáutica há anos investem em pesquisas para desvendar qual combustível alternativo é mais adequado para os aviões.

O transporte aéreo é responsável por 3% das emissões de gases do efeito estufa no mundo. Não é muito, se comparado ao transporte rodoviário (13%) e à geração de energia e aquecimento (20%). Mas o crescimento da indústria tende a alavancar a poluição. Em geral, a aviação cresce, em média, duas vezes mais do que o PIB mundial. Durante a convenção de Copenhague, em dezembro passado, o setor se comprometeu a cortar em 50% suas emissões de gases até o ano de 2050.

Pouca gente sabe, mas foi um brasileiro quem descobriu a possibilidade de se produzir combustível a partir de vegetais. Corria o ano de 1977 quando o engenheiro químico Expedito Parente teve seu momento heureca!. Estava em seu sítio, ao sul da cidade de Fortaleza, bebericando uma cachaça à sombra de um ingazeiro, quando pensou em obter o produto com base em óleo de sementes. Depois de muitos testes, conseguiu transformar em algo real as fórmulas químicas que há tempos conhecia dos livros. Agora, a invenção começa a alçar vôo próprio.

Fonte:Época

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Avião anfíbio faz pouso forçado no rio Parnaíba, na zona Norte de Teresina - Pi


Um avião anfíbio fez um pouso forçado na noite desta quinta-feira (21) nas águas do rio Parnaíba, zona Norte de Teresina. O incidente aconteceu nas proximidades do Iate Clube.

O avião vinha de São Luís e teve dificuldades ao tentar pousar no aeroporto por causa de problemas no trem de pouso. Não houve feridos. O avião bateu em uma ribanceira e danificou parte do bico

O piloto Lázaro Pereira afirmou que estava vindo de São Luis trazendo um empresário, que não teve o nome divulgado, para o aeroporto de Teresina, quando teve dificuldades para pousar e como o avião tem alternativa para pousar em terra ou em água, ele preferiu pousar no rio.

Afirmou ainda que ninguém ficou ferido. ‘’Foi um pouco normal’’, disse. O avião ficará na água durante a noite e deve ser resgatado na manhã desta sexta-feira. O acidente atraiu curiosos ao local, que foram surpreendidos pelo barulho.

O avião ficou danificado na lateral da fuselagem. As asas ficaram intactas. ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) fará investigação de como aconteceu o acidente.

Fonte: Meionorte.com

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

FAB já transportou mais de 500 toneladas de suprimentos para vítimas da seca na Amazônia


A Força Aérea Brasileira (FAB) continua a ajuda humanitária às vítimas da seca na região amazônica. Nestes últimos dias, o centro da Operação Seca tem sido o município de Tefé (AM). Duas aeronaves C-130 Hércules, provenientes do Rio de Janeiro, repetem, diuturnamente, o mesmo trajeto (Manaus-Tefé-Manaus) levando 14 toneladas de mantimentos em cada trajeto. Ao todo, cerca de 500 toneladas já foram transportadas para Cruzeiro do Sul (AC), Tabatinga e Tefé (AM).

Enquanto os aviões da FAB estabelecem essa ponte área, a Defesa Civil do Amazonas e o Exército Brasileiro percorrem estradas e rios, entregando alimentos, medicamentos e kits de higiene. As comunidades, literalmente “ilhadas” pela seca, recebem com alegria os mantimentos e retribuem a ajuda com um largo sorriso. Ao final de cada dia, todos os envolvidos torcem para que a chuva venha logo e volte a proporcionar o famoso tráfego fluvial, tão comum na região amazônica.

Na avaliação do Comandante do Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), Major-Brigadeiro-do-Ar Nilson Soilet Carminati, a operação tem sido um sucesso. “O próprio governo do Estado do Amazonas agradeceu, em nome do povo amazônico, o empenho dos militares da FAB na árdua missão de minimizar a calamidade provocada pela seca”, ressaltou o Oficial-General. “Isto enaltece o trabalho da FAB e prova que estamos prontos para apoiar instituições federais, apresentando a nossa capacidade logística a um povo tão necessitado”, complementou o Major-Brigadeiro Carminati.

Fonte: CAVOK

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Partes de uma aeronave: Cabine de Pilotagem


A Cabine de pilotagem (em inglês, Cockpit) é uma zona situada na frente de um avião, onde os pilotos controlam o mesmo. A cabine de pilotagem de um avião inclui uma série de instrumentos de voo, tais como o altímetro, indicadores de altitude, velocidade e orientação, piloto automático, controlo dos flaps e do trem de aterragem; inclui, também, a manche ou Sidestick, consoante a aeronave.

Dependendo do tipo de aeronave, uma cabine de pilotagem pode albergar mais do que um piloto, podendo assim ter espaço para um co-piloto, um navegador , e um engenheiro de vôo (em Inglês: Flight Engineer).

Fonte: Wikipédia

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Boeing estima a necessidade de mais de 1 milhão de pilotos e pessoal de manutenção para os próximos 20 anos

A indústria de aviação comercial vai demandar 466.650 pilotos e 596.500 trabalhadores de manutenção, nos próximos 20 anos, para acomodar a forte demanda por aeronaves novas e de substituição, de acordo com a avaliação de previsão da equipe da Boeing . As empresas aéreas precisarão de cerca de 23.300 novos pilotos e 30.000 funcionários de manutenção, por ano, de 2010 até 2029.

A previsão da equipe da Boeing é baseada no Current Market Outlook – estudo da Boeing que reúne as perspectivas da aviação para os próximos 20 anos -, amplamente considerado como a análise mais compreensiva e respeitada do mercado de aviação comercial. “Quando você soma todos os números, você rapidamente entende as questões que a indústria vem enfrentando”, disse Roei Ganzarski, chefe de Atendimento ao Cliente, da Boeing Training & Flight Services. “O nosso desafio é adaptar o nosso treinamento para engajar a futura geração de pessoas que irão voar e manter mais de 30.000 aviões que serão entregues até 2029”.

O maior crescimento de pilotos e pessoal de manutenção estará na região da Ásia Pacífico, com a necessidade de 180.600 e 220.000 profissionais respectivamente. Dentro da Ásia, a China vivenciará a maior necessidade de pilotos e trabalhadores de manutenção – 70.600 e 96.400 respectivamente.

A América do Norte irá precisar de 97.350 pilotos e 137.000 profissionais de manutenção. A Europa precisará de 94.800 novos pilotos e 122.000 trabalhadores de manutenção. A África demandará 13.200 pilotos e 15.000 em pessoal dedicado a manutenção. O Oriente Médio precisará de 32.700 novos pilotos e 44,500 funcionários de manutenção. A América Latina precisará de 37.000 pilotos e 44,000 profissionais de manutenção. A Comunidade dos Estados Independentes (CIS) precisará de 11.000 pilotos e 14.000 funcionários para manutenção de suas aeronaves.

“Para acomodar essa crescente demanda, será vital conciliar o treinamento com os estilos de aprendizado dos estudantes que virão”, disse Ganzarski. Durante o recente Simpósio de Treinamento de Aviação da Ásia-Pacífico, que aconteceu em Kuala Lumpur, Ganzarski reforçou a necessidade de mudanças nas metodologias atuais de treinamento. “Como indústria, precisamos nos adaptar aos estilos de aprendizado de amanhã – com pilotos e mecânicos muito mais familiarizados com novas tecnologias – e garantindo que o treinamento seja globalmente acessível e adaptável às necessidades individuais e de acordo com a capacidade de absorção de cada um.

Fonte:AviaçãoBrasil.com.br

domingo, 17 de outubro de 2010

Avião monomotor faz um pouso forçado.

Um avião monomotor fez um pouso forçado na manhã deste sábado (16) em Divinópolis, região centro-oeste de Minas. Segundo o Corpo de Bombeiros da cidade, logo após a decolagem do aeroporto, o piloto perdeu o controle da aeronave e pousou em uma propriedade rural.

Ainda de acordo com os bombeiros, o piloto queixou-se de dor no tórax. Ele não estava ferido e seria o único tripulante do monomotor.

Apesar de dizer-se habilitado, o homem não apresentou a licença de piloto, segundo os bombeiros. Ele alegou que fazia um teste com o avião. Houve vazamento de combustível, que foi contido pelos bombeiros. A aeronave ficou danificada.

O avião permanece no local do acidente. A ocorrência foi passada para a Agencia Nacional de Aviação Civil (Anac).

sábado, 16 de outubro de 2010

Azul quer conquistar 20% do mercado de aviação até 2013

A menos de dois meses de completar seu segundo aniversário, a companhia aérea Azul se firma como a quarta companhia criada pelo empresário David Neeleman a se consolidar no mercado. Depois da estrear na sexta posição em janeiro de 2009, a Azul aérea surfou em um crescimento acentuado e desbancou as concorrentes Trip, Avianca (ex-OceanAir) e Webjet. Agora, com fatia de cerca de 7% no mercado doméstico, só perde para TAM e Gol.

Antes de entrar no mercado de aviação civil brasileiro, Neeleman, nascido em São Paulo, esteve envolvido na fundação das americanas Morris Air e JetBlue, além da canadense WestJet. A projeção da Azul é de chegar a 2013 com 20% do mercado, metade do que a Gol detém hoje. O caminho para chegar a essa taxa passa por uma entrada forte na aviação regional a partir de novembro do ano que vem, quando a empresa recebe a primeira aeronave turboélice ATR, de uma encomenda de 20 aviões, com opção para mais 20.

"Quando recebermos o primeiro avião ATR, vamos dar início ao projeto de conectar aos nossos minihubs 50 cidades que giram em torno deles, com frequências diárias. Esses aviões vão permitir que os clientes de cidades como Passo Fundo (RS), Petrolina (PE) e Presidente Prudente (SP) acessem os hubs das suas capitais próximas para que essas conexões os levem para o Brasil todo", disse o presidente da Azul, Pedro Janot.

Com a utilização dos ATR, aviões de menor porte fabricados para percorrer distâncias de até 700 quilômetros, a Azul pretende entrar nessas novas rotas regionais com preços agressivos. "Essas conexões serão feitas por turboélices, que permitem maior economia e possibilitam tarifas mais baixas sem perder tempo em relação aos jatos", afirma. Segundo Janot, a Azul estuda 60 cidades de todo o País, mas ainda não definiu para que destinos regionais voará.

Fonte:O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Aeroportos Brasileiros: Aeroporto Internacional de Boa Vista - RR

Aeroporto Internacional de Boa Vista - RR
Atlas Brasil Castanhede


O Aeroporto Internacional de Boa Vista - Atlas Brasil Cantanhade é um aeroporto situado no município brasileiro de Boa Vista, em Roraima, a 3,5 quilômetros do centro da capital. É o mais importante aeroporto de Roraima.

Inaugurado em 19 de fevereiro de 1973, passou por uma grande reforma em 1998, tendo sido ampliados o terminal de passageiros, a pista de pouso e decolagem e o pátio de manobras - sendo construída a pista de rolamento. Desde 2007 está passando por uma nova ampliação e reforma.

Em 13 de abril de 2009, o Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 11.920/2009, o qual o antigo Aeroporto Internacional de Boa Vista passou a chamar-se Aeroporto Internacional de Boa Vista - Atlas Brasil Cantanhede, em homenagem ao piloto de aeronaves pioneiro no então Território Federal de Rio Branco durante a década de 1950.

Números

· Sítio aeroportuário

Área: 11.690.000,00 m²

· Pátio das aeronaves

Área: 78.490,00 m²

· Terminal de passageiros

Área: 4.958 m²

· Estacionamento

Capacidade: 152 vagas

· Balcões de check-in

Número: 9

· Estacionamento de aeronaves

Número de posições: 7

Endereço

Av. Cap. Ene Garcez - Praça Santos Dumont 100

Bairro Aeroporto

Boa Vista - RR

CEP:69310-000

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Partes de uma aeronave: Fuselagem


Fuselagem - é a camada de protecção exterior de uma estrutura, geralmente de metal. O nome vem da palavra francesa "fuselé", que significa forma aerodinâmica. Existem dois tipos principais de fuselagens: de casco ou de viga armada.

Fuselagem de viga armada

A fuselagem de viga armada é usada em aviões leves. Consiste de uma estrutura de tubos de aço soldados ou rebitados, ou encastrados entre si em séries de quadros ou triângulos. Os tubos que correm ao longo da fuselagem são as longarinas. As ligações entre as longarinas chamam-se tirantes. As cérceas e as réguas dão a forma aerodinâmica à fuselagem. O cavername ganha então forma com o revestimento final externo, que pode ser de alumínio, de magnésio, plástico moldado ou fibra de vidro. Se for de tela, o revestimento é pintado com dope para endurecer e impermeabilizar.

Fuselagem de casco

Na fuselagem do tipo casco é o casco que suporta todo ou parte do esforço no aeroplano. O casco é usualmente construído de alumínio.

Há duas variantes: Monocoque e semimonocoque. Na fuselagem monocoque o casco é essencialmente uma fina parede tubular que suporta todos os esforços. Monocoque é uma palavra francesa que significa "single shell." Mais comum é a semimonocoque. Este casco é reforçado por longarinas. Aneis, cérceas e tabiques dão forma ao casco.

Tipos de fuselagens :

1 - para vôo subsônico
2 - para vôo supersônico
3 - para vôo subsônico e grande capacidade de carga
4 - para vôo supersônico e alta capacidade de manobra
5 - Hidroavião
6 - para vôo hiperpersônico.

domingo, 10 de outubro de 2010

Partes de uma aeronave: Asas



A asa do avião é a grande responsável pelo seu “vôo”. Mas para entender o seu funcionamento temos que lembrar o Princípio de Bernoulli: Onde a velocidade do fluído é menor a pressão é mais alta e, onde a velocidade do fluído é maior a pressão é menor.


Para entender como este princípio aplica-se a asa do avião, devemos observar o formato da asa:

O avião joga o ar para trás através das turbinas ou hélices exercendo uma força chamada de arrasto, surge então uma força contrária chamada impulso ou tração. A força de tração dá o primeiro impulso ao avião que se desloca para frente.

O formato da asa faz com que o ar que passe por cima dela tenha uma velocidade maior que o ar que passa embaixo dela. Isso acontece porque a parte de cima é curva, aumentando a distância percorrida pelo ar e conseqüentemente sua velocidade. Utilizando o princípio de Bernoulli temos que, sendo a velocidade do ar (fluido) maior na parte de cima da asa a pressão é menor, e na parte de baixo, como a velocidade do ar é menor a pressão é maior. Desta diferença de pressão surge a força de sustentação do avião.

Quando a força de sustentação do avião atinge valor maior que o da força peso ele decola e se mantêm no ar.

Observe a animação:



Fonte: efeitojoule.com

sábado, 9 de outubro de 2010

Sud Aviation Caravelle

O SE 210 Caravelle foi o primeiro avião comercial a jato de curto/médio curso, produzido pela empresa francesa Sud Aviation a partir de 1955 (quando a mesma ainda era conhecida por SNCASE daí a sigla do modelo da aeronave ser "SE"). É geralmente considerado um dos primeiros projectos de jato comercial com sucesso, já que o, mais antigo, De Havilland Comet, apesar de chegar a ter entrado ao serviço, sofreu uma série de acidentes que obrigaram à sua retirada prematura. Durante vários anos, o Caravelle tornar-se-ia um dos jactos comerciais com mais sucesso, sendo utilizado por vários países europeus e americanos. Historicamente, o Caravelle foi importante ao ser a primeira aeronave com todos os motores montados na fuselagem traseira, deixando as asas completamente livres. Esta disposição foi depois seguida por vários projectos de aeronaves, entre os quais o DC-9 e o Boeing 727.

Desenvolvimento

Em 12 de Outubro de 1951 o Comité du Matériel Civil (Comissão de Aeronaves Civis da França) publicou uma especificação para um avião de médio curso, que fosse, posteriormente enviado para a indústria pela Direction Technique et Industrielle. Esta definia uma aeronave com capacidade para entre 55 e 65 passageiros e 1.000 kg de carga, em percursos de até 2.000 km, com uma velocidade de cruzeiro de aproximadamente 600 km/h. O tipo e o número dos motores não foram especificados. Os vários estudos de projeto para um avião nesta categoria tinham vindo a ser realizados desde 1946 por diversos fabricantes aeronáuticos franceses, mas nenhum teve a capacidade financeira para começar a construção.

A resposta da indústria francesa foi forte, com cada fabricante principal a emitir pelo menos uma proposta, com um total de 20 projetos diferentes recebidos. A maioria das propostas utilizava o turbojato, embora a Breguet apresentasse um número de projetos tanto com turbojato como com turbopropulsores. Entre estes um era para um tri-jato propulsado por motores Atar, a ser desenvolvido em associação com a SNCA du Nord e um tipo de turbopropulsor, ambos designados por Br. 978. A Hurel-Dubois apresentou diversos projetos de turbopropulsores baseados numa fuselagem estreita com asa alta, semelhante a muitos aviões regionais de turbopropulsores. As propostas da SNCA du Sud-Ouest incluíram o S.O.60 com dois motores Rolls-Royce Avon RA.7 e com dois menores Turbomeca Marborés como motores auxiliares. A SNCA du Sud-Est apresentou um número de projetos designados de X-200 a X-210, todos de puro jato.

Após ter estudado as várias propostas, o Comité du Matériel Civil reduziu a lista a três em 28 de Março de 1952: o Avon/Marbore S.0.60 quadrimotor, o projeto de dois motores Avon da Hurel-Dubois, e o de três motores Avon Sud-Est X-210. Por esta altura a Royce-Royce começou a oferecer uma versão nova do Avon que poderia desenvolver uma potência de 9.000 lbf (40 kN), fazendo os motores auxiliares no S.O.60 e o terceiro motor no X-210 desnecessários.

O comité solicitou à SNCASE para submeter novamente o X-210 como um projeto com dois motores Avon. Ao fazer assim decidiram não se preocupar em mover os motores restantes da sua posição montada na cauda. A maioria de projetos apresentava os motores sob a asa onde poderiam ser montados na estrutura para um peso total mais baixo, mas a SNCASE sentiu que as economia não compensava o esforço. Isto tornou-se num benefício para o projeto, já que o ruído da cabine foi bastante reduzido. O projeto X-210 revisto com dois Avons foi submetido novamente ao SGACC em Julho de 1952.

Dois meses mais tarde o SNCASE recebeu a notificação oficial de que o seu projeto tinha sido aceite. Em 6 de Julho de 1953 o SGACC encomendou dois protótipos e duas fuselagens estáticas para testes de fadiga. O projeto da Sud encorporava diversas características da fuselagem da de Havilland, uma companhia com a qual a Sud teve contactos anteriores para diversos projetos. A área do nariz e a disposição da cabina de pilotagem foram ambas retiradas do Comet, enquando que o resto da aeronave foi projetada localmente.

O primeiro protótipo foi concluído em 21 de Abril de 1955 e voou em 27 de Maio, o segundo seguiu-se um ano mais tarde em 6 de Maio de 1956. O primeiro protótipo tinha uma porta de carga no lado esquerdo inferior da fuselagem, mas esta foi removida no segundo protótipo para uma disposição só com assentos. A primeira encomenda foi realizada pela Air France em 1956, seguida por uma da SAS em 1957. Nesse ano a Sud-Est fundiu-se com a Sud-Ouest para se transformar na Sud-Aviation mas designação original SE foi mantida. Mais encomendas se seguiram, desencadeadas principalmente por apresentações em espetáculos aeronaúticos e por demonstrações aos clientes potenciais. O Caravelle foi certificado em maio de 1959 e entrou logo após ao serviço com a SAS e a Air France.

Diversos modelos foram produzidos já durante a fase de produção, já que a potência dos motores disponíveis foi crescendo e permitindo pesos de descolagem mais elevados. Nesta altura o departamento de projetos da Sud-Aviation orientou-se para um transporte supersónico do mesmos tamanho e alcance gerais que o Caravelle, designado naturalmente Super-Caravelle. Porém este trabalho seria fundido mais tarde com aquele semelhante a ser desenvolvido pela Bristol que iria dar origem ao Concorde. Em algumas configurações, o avião dispunha de um número de assentos de passageiro voltados para a traseira, um arranjo incomum numa aeronave civil.

No total, 282 Caravelles de todos os tipos foram construídos (2 protótipos mais 280 de produção).

Modelos Produzidos

  • Caravelle I: semelhante aos protótipos ;
  • Caravelle IA: 50 cm mais longos que o protótipo, com maior peso e motores maiores;
  • Caravelle III: com o mesmo comprimento do IA mas com maior peso e motores maiores. Esta foi a série mais vendida, com 78 unidades produzidas. Além disso 32 Caravelle I foram aperfeiçoados e transformados em Caravelle III;
  • Caravelle VI-N: semelhante ao Caravelle III, mas com motores ainda maiores. Alguns série III foram transformados em VI-N;
  • Caravelle VI-R: semelhante à série VI-N mas equipados com reversores de potência e spoilers;
  • Caravelle VII: modificação da série III comprada pela General Electric e equipada com motores GE CJ-805. Estava destinada a ser comercializada nos EUA, mas foi preterida a favor do DC-9;
  • Caravelle 10A: baseado na série VII, com um comprimento de mais 1 m, com as janelas mais elevadas 200 mm, com um APU instalado na cauda e com flaps mais aperfeiçoados nas asas. Destainava-se também ao mercado norte-americano, mas também foi preterido em favor do DC-9;
  • Caravelle 10B (Super-Caravelle): baseado no Caravelle 10A, mas equipado com motores Pratt & Whitney JT8D em vez dos modelos da General Electric.
  • Caravelle 10R: sérei resultante da combinação dos motores da série 10B com a fuselagem da série VI-R, criando um avião menor, mas com maior potência;
  • Caravelle 11R: variante do Caravelle 10R, mas incorporando a capacidade de transporte misto de carga e passageiros;
  • Caravelle 12 (Super-Caravelle): desenvolvimento da série 10B com uma fuselagem mais longa 3,2 m e uma versão aperfeiçoada dos motores JT8D, destinada ao transporte de 128 passageiros num curso mais reduzido.

Utilização no Brasil

O Caravelle foi o primeiro jato a entrar em serviço no Brasil, iniciando a era dos jatos no Brasil, esteve ao serviço das empresas brasileiras Cruzeiro do Sul, VARIG e Panair do Brasil.